Ex-ministro é novamente acusado por atos abusivos
O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida se torna novamente alvo de mais denúncias de assédio sexual que foram apresentadas à Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Duas novas acusações surgem em um contexto já marcado por alegações anteriores que levaram à sua demissão em setembro de 2024, quando a ONG Me Too Brasil recebeu relatos de assédio sexual envolvendo o ex-ministro, incluindo uma denúncia da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a ONG destacou que as mulheres enfrentaram dificuldades para obter apoio institucional devido à posição de poder de Almeida, o que dificultou a validação de suas denúncias.
As novas denúncias foram formalizadas após a Comissão de Ética receber relatos que indicam comportamentos inadequados por parte de Almeida durante seu mandato. Segundo Anielle Franco, ele teria realizado importunação sexual e até contato físico inapropriado. A Comissão agora é responsável por investigar essas alegações, tendo as conselheiras Caroline Proner e Vera Karam de Chueiri como responsáveis por conduzir o processo.
Silvio Almeida nega todas as acusações e afirma ser vítima de uma campanha de perseguição. Ele já acionou a Justiça para solicitar esclarecimentos à organização Me Too Brasil sobre as denúncias publicamente divulgadas. Em sua defesa, Almeida argumenta que as alegações carecem de provas e são baseadas em deduções, com o objetivo de prejudicar sua imagem e bloquear seu futuro político.
Caso as investigações confirmem as denúncias, Almeida poderá enfrentar sanções éticas, embora não esteja mais na administração pública federal. A pena cabível seria a censura ética, que ficaria registrada em suas consultas funcionais por um período de três anos. A Polícia Federal também está envolvida na apuração dos fatos, considerando a gravidade das alegações e a necessidade de um exame rigoroso.