Discussões intensificam-se no PL enquanto articulações políticas buscam reverter a inelegibilidade do ex-presidente.

A proposta de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou força no cenário político brasileiro. O Partido Liberal (PL) está considerando um projeto separado que pode permitir que Bolsonaro recupere seus direitos políticos, caso a inelegibilidade imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) não seja revertida.

Recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, criou uma comissão especial para analisar o projeto de anistia. Essa decisão foi resultado de conversas entre Lira e líderes do PL, além de representantes do PT. A expectativa é que a comissão trabalhe rapidamente para encontrar uma solução antes que Lira deixe a presidência da Câmara, em fevereiro.

O projeto original de anistia estava previsto para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas agora o foco deve ser apenas na anistia dos militantes condenados pelos eventos de 8 de janeiro, quando houve invasões e depredações nos prédios dos Três Poderes. 

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, afirmou que não é viável discutir a anistia de Bolsonaro antes do julgamento do recurso no STF. Ele destacou que se o ex-presidente for absolvido, não faz sentido avançar com a proposta de anistia. “Após o julgamento no STF, se for o caso, vamos entrar com um projeto de anistia”.

Bolsonaro também se manifestou sobre a situação. Durante uma reunião com senadores do seu partido, ele enfatizou que sua prioridade é a libertação dos militantes presos e não sua própria anistia. “A prioridade nossa é com o pessoal que está preso. Eu sou o segundo plano”, declarou.

O PL deve se reunir nos próximos dias para discutir os desdobramentos dessa proposta e como ela pode impactar as relações políticas no futuro próximo. A situação permanece em desenvolvimento, e os próximos passos do Congresso serão observados de perto por todos os envolvidos.